Título do Trabalho
EUNOTIACEAE (BACILLARIOPHYTA) NO PERIFÍTON DO RESERVATÓRIO DE CURUÁ-UNA, SANTARÉM, PARÁ
Autores
THAINá CRUZ CAVALCANTE, LUíS GUSTAVO CANANI, SéRGIO DE MELO, DáVIA MARCIANA TALGATTI
Modalidade
Resumo
Área Temática
1 BIODIVERSIDADE, FILOGENIA E ECOFISIOLOGIA
Data de Publicação
26/11/2018
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
http://sbfic.org.br/anais_show/73
ISSN
Aguardando...
Palavras-Chave
Amazônia, Biodiversidade, Diatomáceas
Resumo
Eunotiaceae agrupa 12 gêneros, dentre eles estão Eunotia Ehrenberg, Actinella Lewis e Eunotioforma Kociolek & A.L.Burliga. Estudos existentes apontam a predominância do gênero Eunotia em águas amazônicas, sendo bem representado principalmente em águas ácidas, oligotróficas e com baixa quantidade de minerais. Amostras de ambientes aquáticos brasileiros, incluindo a região do estado do Pará, ressaltam que gêneros da família Eunotiaceae, especialmente Eunotia, foram os mais comuns na flora brasileira. No entanto, são ainda escassos os estudos realizados na região amazônica e em reservatórios. Sendo assim, este estudo apresenta como objetivos registrar, identificar e descrever os táxons dos gêneros Eunotia, Actinella e Eunotioforma no Reservatório da Usina Hidrelétrica de Curuá-Una (Santarém, Pará) e assim, contribuir para o aumento do conhecimento da biodiversidade ficológica da região amazônica. As amostras perifíticas foram obtidas através de amostradores artificiais (substrato artificial de plástico) imersos em três pontos do Reservatório. O substrato foi imerso 30 dias antes de cada coleta, as quais ocorreram em setembro (período de seca) e dezembro (enchente) de 2016. Em campo, no dia da coleta, as lâminas dos amostradores foram raspadas com escova de dente e o material foi diluído em 150 ml de água para cada três lâminas de plástico. Após a coleta e raspagem, as amostras foram fixadas com Lugol (4%) e posteriormente, o material foi oxidado com ácido nítrico. A contagem das valvas das diatomáceas foi realizada em lâminas permanentes (buscando eficiência de 80%). A análise dos dados mostrou que Eunotiaceae representou 33,36% das valvas contadas, sendo Eunotia o gênero mais representativo (16 táxons), seguido de Actinella (oito táxons) e Eunotioforma (um táxon). As espécies que apresentaram maior número de valvas registradas foram: Eunotia bilunaris, E. mucophila, Actinella sp. 3 e Eunotioforma curvula. Com relação aos registros para o Pará, 14 táxons não estão citados na Lista do Brasil para o Estado, reforçando a importância de estudos como este para o conhecimento da biodiversidade amazônica. Não foram observadas variações expressivas relacionadas à riqueza e abundância dos táxons entre os períodos hidrológicos analisados. Contudo, alguns táxons marcaram estes períodos, a saber: Actinella gracilis, A. siolii, Eunotia enigmatica, E. minor, E. trigibba e Eunotia sp. 1 (período de seca) e Actinella brasiliensis e E. actinelloides (período de enchente).